Aeroporto

Oi gentem....

Cá estou eu de volta..sim, estou enroladaça, baby! Está difícil de manter o meu corpinho virtualmente aqui (imagine no mundo real...affff). Como estão todos? Estou megalomaniacamente cansada. E aí me vem à cabeça a voz da minha madre superior dizendo a frase que vai encher o meu pensamento de culpa e me fazer ficar com raiva profunda bem dentro no meu interior do âmago do meu eu de mim mesma: "VOCÊ ESTÁ CANSADA DE QUE? VOCÊ LAVA AS SUAS ROUPAS? PASSA? COZINHA? VOCÊ CUIDA DA CASA? VOCÊ NEM TEM MARIDO PRA CUIDAR (ISSO MADRE, JOGA NA CARA! XLAP, XLAP...) E BLÁ BLÁ BLÁ..."


Ahhhhhh, menos madre!!!! Essa vida de ócio cansa, ta? E nem estou no ócio, estou no osso mesmo...mas isso é uma ouuutra história...rs.
















E por falar em MADRE SUPERIOR....hoje fui ao Aeroporto Galeão. Ahhhh, eu A-DO-RO aeroporto, especialmente porque como eu sou uma pessoa que quase nunca viajo, fico me imaginando no lugar daquelas pessoas lá indo e vindo...eu literalmente desfilo em aeroporto...acho tão CHIQUE!!!!

"Chique, Dida? O que tem de chique em aeroporto?" Meu querido, para você fazer um comentário desses, deve ser porque está acostumado a viajar. Avião pra você deve ser igual a doméstica pegando lotação de van central - Barra Shopping passando pela Niemeyer. Esse não é o meu caso, fofo! Avião pra mim é luxo, espécime masculino que adora cuidar da casa, ou seja, raríssimo, portanto, em caso de desvalorização do meu momento, máscaras de nitrogênio cairão sobre sua cabeça...sim, isso é um "MORRAAAAAAAAAA"...rsrsrs.

Então, voltando ao estado de graça e elegância tão característico meu, o motivo de ter ido ao aeroporto foi simplesmente levar a Madre superior para a viagem dos sonhos dela: Israel.

"Nossa, logo Israel? Não tinha outro lugar não? Mas e os homens bombas?" Ahahaha, querido. É claro que tinha. O seu barraco. Que ideia, né? Deixa minha mãe ir pra onde quiser...

Ela ganhou a viagem de presente de casamento do meu pai (que morre de medo de avião, hihi) para ir por uma agencia de turismo. Cara, chegando lá dei um naipe nos companheiros de viagem da minha mãe. Sem brincadeira, se eu fosse, seria um zigoto. Só tinha Dercy Gonçalves no quesito idade!!!! Só tiozão e vovozinha!!! Minha mãe era uma tchuca perto deles.

E chegou a hora do check in. Despacha a mala da mãe (a mala que é mala, não a mãe que é mala) e pronto. Eis que de repente, as Dercys simplesmente começaram a cantar hinos do hinário cristão no meio da parada.   "Quando enfiiiiim chegar o diiiiaaaa, pela graça do bom Deussss...quando enfiiiim chegar o diiiiiaaaaa....pela graça de Jesus eu lá estareiiiiii". 

Caraaaaaa...rachei de rir com o coro das Dercys! E elas lá no momento "I love Lucy" gospel...felizes, saltitantes e se acabando nos "animadérrimos" hinos. E canto vai, canto vem, e eu ficando preocupada, pois pela letra, elas cantavam coisas dizendo que não temiam a morte, ou o dia da morte e eu lá boladona pensando numa forma delicada de acabar com a cantoria, mas ia falar o que? "Ei, eu sei que vocês estão com o pezinho no além, mas a minha mãe, aquela lolita ali de blusa azul está no mesmo voo que vocês, portanto, será que dá para cantar algo mais vívido? Vocês podem parar de chamar a morte um pouquinho? Obrigada."

O jeito foi passear até a hora do embarque. Depois, me despedi da mamis e ela adentrou no portão da Air France. 

"AIR FRANCE? VOCÊ DISSE AIR FRANCE? Logo a empresa que deu problemas em quatro aviões?" Ei, sai pra lá e vai cantar com as vovós também....não vai acontecer nada, aliás, vamos combinar, eu penso o seguinte sobre a morte: JÁ QUE É PRA PARTIR, QUE SEJA COM ELEGÂNCIA! 

Pensa bem. Há mortes e mooooortes, por exemplo, cair do Everest. Cara, quase ninguém morre assim! É muito diferente e alto! Ou então tem gente que é engraçado até na hora de partir. Teve uma vez que passei por uma situação horrível, pois uma pessoa estava me contando que um amigo morreu na lancha imitando o Leonardo di Caprio em Titanic. Ele estava na popa gritando "eu sou o rei do mundo", tropeçou, caiu no mar e a lancha veio com tudo. Sabe o que fiz? Me escangalhei de rir na cara do cidadão só de imaginar a cena...ahahahahhaha....mas cruzes! Fui contaminada pelo espírito das velhinhas!!! Vamos mudar de assunto...

Nessa brincadeira toda, não sei quem está mais triste pela ausência da minha mãe: O Dalai Lama (meu pai) beduíno, abandonado por alguns dias sem sua fiel escudeira, ou a cachorra orelhuda Babi, entregue a depressão por ter perdido sua amada líder da matilha.

QUEM SERÁ QUE SOBREVIVE MAIS TEMPO SEM A MADRE SUPERIOR???

 VEM AÍ, NO LIMITE!!!!!!!!!!!

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